As ondas embatem nos nossos corpos, fazendo-se ouvir. A brisa ligeira que nos cobria desmantelou-se. Solto uma gargalhada seca e olhas-me de raspão. Cravas as tuas mãos no meu corpo e puxas-me para ti. «a proximidade é tudo, mon chéri. A distância que nos separa iguala a distância a que nos encontramos da perfeição.» Mas a perfeição, essa, tu abominavas. Eras apologista de fasquias e reparações. A perfeição significaria o fracasso. Estagnávamos. A evolução quebrava. ´
«une, deux, trois»
Tínhamos entrado no compasso perfeito. Deixava-te conduzir, para teu deleite. Havias-me implorado durante meses que o fizesse. Agora movimentavas-me em gestos leves, acompanhando o balanço das águas. Sempre admirei essa tua perspicácia. Sabias o que desafiar. Sabias o que querer.
Ninguém te sabe como eu te sei.
With love, Diana <3