Estava envolta num mar de sorrisos pintados, passos mal dados por gosto ao engano e gritos produzidos em êxtase de alegria. Agora encontro-me nas ruínas das nossas brincadeiras. Avalio o estrago, e lá, esboço um sorriso leve de vez em quando ao descobrir que nem tudo foi levado pela tempestade. Pequenos fragmentos permanecem, peças soltas de um puzzle que teima em não se completar. Vou saltitando por estas ruas que antes tinham um sabor especial e matizes bem mais vivas. Vou saltando para contrabalançar a mágoa que elas transmitem agora. Eu bem digo que não, mas sabes, ainda tenho medo de monstros. Daqueles que me assombram quando tu desapareces. Têm medo de ti, porque me proteges de tudo (menos de ti mesmo, mas isso é outra história). Só aparecem quando vais embora. Monstros daqueles que não se parecem com et's nem animais feios, não são verdes nem grandes, não têm uma voz assustadora nem olhos aterrorizadores. Daqueles que são impossiveis de vislumbrar, mas levam parte mim em cada investida. Dos quais me escondo debaixo da cama, mas que me encontram sempre e causam alergia nos olhos e aperto no peito...
Fica aqui e não os deixes voltar.
Fica aqui, para eu ficar uma menina crescida e deixar de ter medo do escuro.
Para que não haja escuro, sequer...
With love, Diana <3